Homem Comum e a cultura do fragmento

Gabriel Malinowski

Resumo


Nota-se que, atualmente, a apropriação de imagens de diferentes mídias e contextos produzem efeitos culturais, econômicos e subjetivos. A partir do filme documentário Homem Comum (2015), de Carlos Nader, este artigo pretende discutir o papel dos arquivos audiovisuais, bem como das dinâmicas de montagem de arquivos públicos e privados, na experiência social do tempo. Em Homem Comum, Nader produz uma montagem com dois regimes de imagens distintos: o filme de ficção e os vídeos de família. Levando em consideração as figuras temporais que o filme gera, com suas imbricações, torções e sobrevivências, lançamos uma discussão sobre a lógica instantânea de acesso a materiais audiovisuais diversos em sites como o YouTube. O artigo defende que essa cultura do fragmento está diretamente relacionada a certos efeitos na experiência temporal contemporânea, como a sensação de presentificação, nostalgia e cegueira.


Palavras-chave


arquivo; reciclagem; Carlos Nader; fragmento; temporalidade

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