O feminismo na capoeira: corpo, gênero e política para além das rodas

Raquel Gonçalves Dantas, Denise da Costa Oliveira Siqueira

Resumo


O feminismo angoleiro tornou-se, no Brasil, um espaço para tensionamento e discussão de práticas sexistas no jogo e na sociedade. Com base na perspectiva decolonial e em estudos da comunicação, este artigo tem como objetivo, partindo de um olhar sobre o corpo, discutir imagens da mulher na capoeira, por meio da análise de publicações dos anos 1990, em diálogo com representações contemporâneas circulantes na Rede Angoleira Mulher, em eventos e em projetos, desvelando conflitos de gênero anteriormente invisibilizados. Em termos metodológicos, são reunidas capas das principais revistas especializadas em capoeira do início dos anos 1990, período em que o debate sobre a mulher na capoeira ainda ganhava terreno. O material é observado ao lado da produção contemporânea especializada que não se concentra mais em meios impressos, ampliando-se em sites e redes sociais, com articulação digital e troca de informações em eventos presenciais. 


Palavras-chave


feminismo; Capoeira Angola; corpo; mídia; estudos decoloniais

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