A propagabilidade midiática de expressões trans(-)viadas: ressignificação de ofensa em potência

Ettore Stefani Medeiros, Caio Benevides Pedra

Resumo


Vivemos em uma cultura cis-heteronormativa, que considera abjetos os corpos que são estranhos às expectativas de gênero e sexualidade. Situado nesse contexto, o artigo visa compreender de que forma produções em vídeo de pessoas trans/travestis, propagadas e popularizadas online, inspira(ra)m subversivamente a ressignificação de injúrias. Para tanto, ancoramo-nos metodologicamente na teoria queer e em reflexões de intelectuais de mídia e gênero. Nosso corpus é formado por quatro vídeos, que mostram pessoas que se autoidentificam como “bicha”, “viado” e/ou “travesti”: Laila Dominique, Vanessa, Deborah Palhari e Luísa Marilac. A investigação é desenvolvida a partir da análise desses audiovisuais, bem como de sua repercussão midiática. Consideramos que, mais que dar novos sentidos aos termos, essas pessoas trans(-)viadas ressignifica(ra)m contextos e as situações vexatórias em que foram inseridas, abrindo caminho para outras pessoas fazerem o mesmo.


Palavras-chave


trans; travesti; transviada; propagabilidade; mídia

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