Covid-19 e jornalismo independente: experiências e interseccionalidade nas narrativas e leituras sobre a primeira vacinada no Brasil

Ana Carolina Damboriarena Escosteguy, Suzanne Borela, Simone Munir Dahleh

Resumo


O artigo tem como propósito entender a produção de sentidos sobre notícias a respeito da primeira vacinada no Brasil contra a Covid-19, contemplando a dinâmica que se estabelece entre o espaço de produção e o de leitura. Toma-se como foco duas iniciativas de jornalismo de caráter independente – mais especificamente, reportagens publicadas por Nós, Mulheres da Periferia (2012-) e Alma Preta (2015-) – e as respectivas leituras de mulheres autodeclaradas negras. No percurso teórico-metodológico, a perspectiva feminista interseccional e a categoria experiência são utilizadas como aportes tanto na escuta das leitoras quanto na análise das notícias selecionadas. Desse modo, buscamos demonstrar como a interseccionalidade e a categoria experiência são potentes para a produção de um conhecimento mais inclusivo e democrático que não invisibiliza diferenças, considerando-as ainda centrais tanto nas práticas jornalísticas analisadas quanto nas leituras das mulheres negras entrevistadas.


Palavras-chave


narrativa jornalística; Covid-19; interseccionalidade; experiência; mulheres

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