Audiovisualidades do trabalho sexual: das possibilidades de aparição à crítica do cinema documentário

Juliana Gusman

Resumo


Quando o documentário se volta para o trabalho sexual, pode-se notar práticas representativas recorrentes. Em geral, costuma-se privilegiar, em abordagens observativas, questões sobre o risco e a violência que assinalam a atividade, em detrimento de outros aspectos que a constituem. Não obstante, novas audiovisualidades vêm sendo elaboradas, inclusive pelas próprias mulheres que praticam o ofício. Pretende-se, então, destacar dois documentários inscritos nessas diferentes tendências: Whores’ Glory (Michael Glawogger, 2011), obra de caráter etnográfico, movida por desejos de denúncia, e Live Nude Girls Unite! (Julia Query e Vicky Funari, 2000), cujo pendor participativo propõe enquadramentos alternativos sobre o trabalho sexual. Objetiva-se analisar, a partir de uma perspectiva feminista e queer, elementos internos e narrativos dos filmes, considerando, também, a circulação social dessas produções a partir da recepção da crítica jornalística especializada.


Palavras-chave


trabalho sexual; cultura audiovisual; documentário; feminismo; crítica jornalística

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