Nelas, através delas, em suas memórias: estigma, afeto e religiosidade em ativismos transcestrais no Brasil

Wendi Yu, Daniel Oliveira de Farias, Itania Maria Mota Gomes, Karina Gomes Barbosa, Carlos Magno Camargo Mendonça

Resumo


Investigo as relações entre estigma, identidade, experiência e afeto que atravessam as religiosidades em disputa por artistas e ativistas trans e travestis no Brasil – tais como Ventura Profana, Linn da Quebrada e Alice Guél – e no ativismo dos coletivos indígenas Tibira e Caboclas. Aciono a noção de paisagem afetiva, como práticas e discursos ainda não reconhecidos socialmente, e nomeio profana travesti como paisagem afetiva emergente, que desarticula o ódio, a violência e a exclusão que marcam as vidas que se opõem às normas da religiosidade cristã e rearticula outras possibilidades de experiências e transcestralidades travestis. Disputo as construções coloniais, homogeneizantes e universalizantes das violentas marcações de gênero e sexualidade, para construir vidas em movimento e transformação. Concluo explorando a ideia de Deise como comunhão, uma multidão de eus em forma de d’eus.


Palavras-chave


religiosidade; transcestralidades; afeto; estigma; ativismo travesti

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