O cinema das mídias digitais: o filme a partir do computador e do celular

Luciano Marafon, Denize Araujo

Resumo


Este artigo investiga uma forma de produção e exibição de filmes que desconfigura – ou reconfigura – a forma clássica cinematográfica, abrindo caminhos para discussões sobre narrativas e montagens a partir das mídias digitais. O que se observa, através desses conteúdos, é que o computador e o celular apresentam outras possibilidades de produção, montagem e exibição. Com isso, aprofundamos análises em Host (2020) e Spree (2020). Host é um filme produzido inteiramente pelo Zoom, um “screenlife” ocasionado pela convergência de mídias de produção e divulgação. Já Spree utiliza câmeras não tradicionais para narrativas cinematográficas, como a GoPro, mas também faz uso de smartphones para criar uma estética que lembra as redes sociais. Para analisar nosso corpus e a produção digital com montagem interfaceada, adotamos conceitos de “convergência” (Jenkins), “pós-cinema” (Machado), “estética pós-mídia” (Manovich), “condição pós-mídia” (Weibel) e a “audiovisualização do software” (Damasceno). 


Palavras-chave


digitais; desktop film; convergência; redes sociais; interfaces

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