Democracia e crise no documentário brasileiro contemporâneo: política, polícia e antagonismo em Branco Sai, Preto Fica
Resumo
A partir de uma análise do documentário Branco Sai, Preto Fica, este artigo pretende compreender como o filme elabora a consolidação da crise da política institucional brasileira. O texto é dividido em duas partes, que articulam uma proposta metodológica de interlocução entre teoria e objeto, além de uma matriz estética de análise fílmica. Na primeira parte, a análise de cerca de metade da trama do documentário é entrelaçada à discussão de Rancière (1996) sobre a relação entre a democracia e as noções de política e polícia, enquanto a segunda enfatiza a parte final do filme em diálogo com a reflexão de Mouffe (1999) sobre os conceitos de agonismo e antagonismo. É possível destacar que Branco Sai, Preto Fica comenta e estetiza a crise da política institucional brasileira em suas duas acepções: a de um processo de acirramento, a partir de 2013, da queda de credibilidade interna e externa do Estado brasileiro, e a de um tensionamento contínuo – uma política que é em crise.
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