Democracia e crise no documentário brasileiro contemporâneo: política, polícia e antagonismo em Branco Sai, Preto Fica

Guilherme Fumeo Almeida, Carlos Eduardo Ribeiro

Resumo


A partir de uma análise do documentário Branco Sai, Preto Fica, este artigo pretende compreender como o filme elabora a consolidação da crise da política institucional brasileira. O texto é dividido em duas partes, que articulam uma proposta metodológica de interlocução entre teoria e objeto, além de uma matriz estética de análise fílmica. Na primeira parte, a análise de cerca de metade da trama do documentário é entrelaçada à discussão de Rancière (1996) sobre a relação entre a democracia e as noções de política e polícia, enquanto a segunda enfatiza a parte final do filme em diálogo com a reflexão de Mouffe (1999) sobre os conceitos de agonismo e antagonismo. É possível destacar que Branco Sai, Preto Fica comenta e estetiza a crise da política institucional brasileira em suas duas acepções: a de um processo de acirramento, a partir de 2013, da queda de credibilidade interna e externa do Estado brasileiro, e a de um tensionamento contínuo – uma política que é em crise.


Palavras-chave


documentário brasileiro contemporâneo; Branco Sai, Preto Fica; democracia; crise da política brasileira

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.



Os artigos publicados nesta revista estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.