Conflitos midiatizados: das vidas perdidas à política das imagens em circulação

Ana Paula da Rosa

Resumo


Este artigo busca refletir sobre conflitos midiatizados a partir da circulação de sentido, mobilizando para isso imagens inscritas na mídia e que configuram o imaginário midiático por sua constante presença e reinscrição, mobilizando/afetando o imaginário social. Como metodologia, adotamos o estudo de caso midiatizado composto por três acontecimentos: a morte do menino Aylan Kurdi (2015), em Bodrum, Turquia; o assassinato do adolescente Marcos Vinicius (2018), na favela da Maré, no Rio de Janeiro; e, fechando o conjunto, o episódio de violência urbana envolvendo a menina Ágatha Félix, de 8 anos, no Morro do Alemão, também no Rio (2019). Como eixo teórico, mobilizamos discussões sobre morte (ELIAS, 2001), condição de reconhecimento (AGAMBEN, 2010; BUTLER, 2017), circulação (FAUSTO NETO, 2013; ROSA, 2019; 2020a) e perspectiva sobre os conflitos sociais midiatizados (HJAVARD; MORTENSEN, 2015), entendendo que a partir deste conjunto de lentes teórico-reflexivas é possível observar dinâmicas de interação social que lidam com as bordas do dar a ver, apagar ou simplesmente transparecer sujeitos e seus corpos.

Palavras-chave


conflitos midiatizados; imagens; circulação; imaginários; vida precária

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