O relato que não mais cessa versus a vontade de mentira: ubiquidade, jornalismo e disputas discursivas nas redes digitais móveis
Resumo
Este artigo tem como objetivo debater como a ubiquidade (PAVLIK, 2014), fortalecida pelo crescimento das redes digitais de dispositivos móveis com acesso à internet, como smartphones, afeta as relações (SCHMIDT; COHEN, 2013) com fontes noticiosas e outras práticas jornalísticas, tanto no que se refere à circulação de relatos, como no que tange às disputas discursivas em jogo. Recorrendo a análises sobre o fenômeno das fake news (ALLCOTT; GENTZKOW, 2017), aos conceitos de midiatização (SODRÉ, 2007), mobilidade, extensibilidade e acessibilidade (LEMOS, 2011) e às ponderações sobre formas de exclusão, coerção e sujeição de discursos (FOUCAULT, 1996), argumenta-se que os entornos da ubiquidade permitem que narrativas não cessem ou tampouco se detenham frente a tentativas de exclusão, seja pela vontade de verdade (FOUCAULT, 1996), ou sua nova expressão, a qual denomina-se aqui como vontade de mentira.
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